domingo, 4 de março de 2018

faz

faz

Faz dois meses agora, foi desde essa última virada de ano, que Nelson Cavaquinho não parou de cantar aqui no fundo da cabeça sobre o Juízo Final e sol renascendo.
Hoje isso me puxou pra assistir de novo a "O primeiro dia", que tem a ver com virada também, e tem Nelson cantando disso também. Só que é o Sargento, que faz o papel do Vovô.
O filme parece ter pegado uma fórmula de mexer fundo comigo e botado na tela.
Fico sem palavras, aí acaba sobrando adjetivo: humano, real, sensível, lindo.
Só pelo roteiro eu já me sentiria completamente na pele de Rosa ou de Maria. Já vivi também minhas histórias arriscadas com um João, Francisco ou Pedro.
Como se não bastasse a força do roteiro, os diretores ainda quiseram overdose de poesia com a fotografia e uma trilha feita por gênios.
Geniais também as atuações, no tanto que elas acrescentaram, arrepiaram.
Sofrer parece definitivamente grande perto de não viver, ou não saber. E o que vem logo depois, é ainda maior.
A chance de ver as coisas virarem...que chance!
Até lá, é muito encontro, muita fuga mal explicada, muito esbarrão, desespero de morrer e de matar, de renascer.

Direção de Daniela Thomas e Walter Salles, que também assinam o roteiro, com José Carvalho e João Emanuel Carneiro.
Fotografia de Walter Carvalho e trilha de BID, Naná Vasconcelos e Antônio Pinto
Entre as atrizes e atores, Fernanda Torres, Luiz Carlos Vasconcelos, Matheus Nachtergaele, o Nelson Sargento, Tonico Pereira, Carlos Vereza e Luciana Bezerra.

Nenhum comentário: